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Os Riscos da Inteligência Artificial e os Medos da Sociedade
"Desenvolver IA com ética é crucial para garantir avanços que respeitem valores e interesses humanos."
Por Contabilidade Espinho • 22 jun, 2024 PontoRadar.com
É crucial que a pesquisa em IA seja acompanhada por uma análise profunda sobre segurança e ética, garantindo que qualquer avanço esteja alinhado com os valores e interesses da humanidade, sem comprometer a liberdade de expressão. A educação e requalificação profissional são essenciais para enfrentar os desafios futuros da IA.
Por vezes ouço que a Inteligência artificial apresenta riscos para a sociedade, reconheço que são preocupações legítimas sobre os riscos associados ao seu desenvolvimento e implementação. Entre esses medos, destacam-se a possibilidade da extinção humana, a perda de empregos e as implicações éticas de uma sociedade cada vez mais dependente de máquinas inteligentes.
Essas preocupações são catalisadas pelo surgimento de tecnologias como o ChatGPT e outras IAs avançadas, trazendo à tona a ideia de que uma IA superinteligente poderia eventualmente escapar ao controle humano e se tornar uma ameaça existencial, na forma de um AGI (Artificial General Intelligence) um tipo de inteligência artificial que possui a capacidade de entender, aprender e aplicar conhecimentos em uma ampla gama de tarefas, semelhante aos seres humanos.
Embora este cenário pareça ficção científica, ele sublinha a importância de desenvolvermos mecanismos de controle e regulamentação. A pesquisa em IA deve ser acompanhada de uma análise profunda sobre segurança e ética, garantindo que qualquer avanço esteja alinhado com os valores e interesses da humanidade, mas nunca se deve permitir que nessa tentativa de regulação se condicione essa tecnologia para que favoreçam o politicamente correto, a censura ou a liberdade de expressão, porque a verdade e a liberdade está acima de tudo.
Outro dos medos significativos é o impacto da IA no mercado de trabalho. A automação e a robótica já começaram a transformar setores como a produção, logística e até mesmo os serviços. A preocupação é que, à medida que a IA se torne mais sofisticada, ela possa substituir uma gama ainda maior de empregos, deixando milhões de pessoas desempregadas.
Estudos indicam que profissões que realizam tarefas repetitivas e previsíveis estão em maior risco de automação. No entanto, a IA também tem o potencial de criar novos tipos de emprego, especialmente em áreas como desenvolvimento de software, análise de dados e manutenção de sistemas de Inteligência Artificial. A chave para mitigar o impacto negativo está em investir em educação e requalificação profissional, preparando a força de trabalho para as exigências do futuro.
Infelizmente, em Portugal, a atenção da sociedade e dos governantes socialistas, por déficit intelectual sobre as causas maiores com impacto de longo prazo, está frequentemente voltada para questões menores, como a implementação de casas de banho mistas e a propagação de ideologias de género e transexualidade. É imperativo que a prioridade seja dada à reforma do sistema educativo para antecipar e preparar a revolução tecnológica iminente.
Esta revolução é de uma magnitude comparável, senão superior, à da Revolução Industrial, à da Revolução Digital e até mesmo à Revolução Científica. Se continuarmos a negligenciar a necessidade urgente de actualizar e fortalecer o nosso sistema educativo, corremos o risco de nos tornar um dos países mais pobres e vulneráveis da Europa.
A transformação tecnológica exige uma força de trabalho qualificada e adaptável. Países que investem fortemente em educação e capacitação profissional estarão melhor posicionados para aproveitar as oportunidades económicas oferecidas pela Inteligência artificial. Eles criarão empregos de alta qualidade, estimularão a inovação e garantirão um crescimento económico sustentável.
Portanto, é crucial que Portugal reavalie as suas prioridades e direccione os seus esforços para uma reforma séria e transformadora do sistema de educação. Só assim poderemos garantir que a nossa população esteja preparada para os desafios e oportunidades do futuro, evitando que nos tornemos uma nação economicamente atrasada e vulnerável às adversidades globais. A preparação adequada para esta revolução tecnológica não é apenas uma opção; é uma necessidade vital para a nossa sobrevivência e prosperidade no cenário mundial.
A Inteligência Artificial levanta também questões éticas complexas, e temos que garantir que os sistemas de IA ajam de maneira justa e imparcial, protegendo a privacidade e os dados pessoais. Preocupações alavancadas por Elon Musk, quando este refere que a Apple não deve implementar a solução do ChatGPT integrada com os seus sistemas operativos, representam os riscos de um mundo onde a inteligência artificial recolhe e analisa vastas quantidades de informações. Devemos assegurar que a IA seja utilizada apenas para o bem comum e não para fins maliciosos.
A transparência e a responsabilização são cruciais no contexto da inteligência artificial, especialmente quando se considera a implementação em larga escala de sistemas avançados de IA. Elon Musk deu aqui também um passo significativo nesta direção ao tornar a primeira versão da sua IA, chamada Grok, open source. Esta decisão permite que desenvolvedores e investigadores em todo o mundo acessem e modifiquem o código, promovendo uma maior transparência e colaboração na comunidade de IA.
Algumas empresas privadas monopolistas, frequentemente procuram um tipo de regulamentação governamental para limitar a concorrência, aumentar as barreiras de entrada para novos concorrentes, criando mais taxas e impostos e regulamentação por medida e desta forma condicionar os valores que considero importantes como a liberdade e propriedade privada.