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A Monarquia: Uma Alternativa para a Estabilidade e Orgulho Nacional

"A monarquia não é um retorno ao passado, mas uma visão sólida para o futuro de Portugal."

Por Miguel Cruz28 jan, 2025 PontoRadar.com

A Monarquia: Uma Alternativa para a Estabilidade e Orgulho Nacional
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A monarquia atrai turistas fascinados pela história, cultura e tradições que ela representa, valores que muitas vezes parecem ser ameaçados pelas tendências globalistas. No Reino Unido, por exemplo, a monarquia gera cerca de milhões de libras em receita turística anual. Sob essa perspetiva, o custo-benefício de uma monarquia constitucional em Portugal seria claramente vantajoso


A nossa história está intrinsecamente ligada à monarquia, e é impossível ignorar os benefícios que um regime monárquico constitucional poderia trazer para Portugal. Embora o debate sobre a monarquia seja complexo e envolva múltiplas perspectivas, vale a pena explorar como este sistema de governo tem o potencial de oferecer uma estabilidade política que transcende as frequentes mudanças de direção impostas pelos ciclos eleitorais. Essa estabilidade, aliada a uma sensação de identidade nacional e continuidade histórica, é crucial para a estabilização da nossa sociedade, especialmente num momento em que a fragmentação cultural e política se intensifica.

Basta observar os exemplos das monarquias existentes na Europa. Muitos dos países mais ricos e bem-sucedidos, como a Noruega, a Suécia e os Países Baixos, são monarquias. Estas nações não apenas usufruem de estabilidade política, mas também aproveitam o papel simbólico da realeza como uma poderosa ferramenta de marketing. A monarquia atrai turistas fascinados pela história, cultura e tradições que ela representa, valores que muitas vezes parecem ser ameaçados pelas tendências globalistas. No Reino Unido, por exemplo, a monarquia gera cerca de milhões de libras em receita turística anual. Sob essa perspetiva, o custo-benefício de uma monarquia constitucional em Portugal seria claramente vantajoso.

Os custos associados à manutenção de uma família real e da sua envolvente seriam facilmente compensados com a eliminação de algumas subvenções desnecessárias atribuídas aos políticos atuais e ex-presidentes da república. A redução destes gastos poderia gerar poupanças significativas. Além disso, o aumento exponencial no turismo que uma monarquia traria não pode ser subestimado. O fascínio pela realeza é uma força comprovada na economia de países que sabem utilizar esse recurso de forma estratégica.

Outro ponto a considerar é o papel da realeza na diplomacia e nas relações internacionais. Os monarcas e seus representantes frequentemente desempenham funções significativas em eventos globais, atuando como embaixadores do seu país e promovendo a sua cultura. Na última cimeira do G7, por exemplo, a presença do Rei de Espanha destacou-se pela capacidade de fortalecer as relações entre os países participantes. É fácil imaginar que a presença de um representante real português traria um grau de respeito e influência que dificilmente se pode equiparar ao dos nossos representantes atuais. A realeza eleva o perfil internacional de um país, devolvendo-lhe parte do prestígio e da influência que já tivemos no passado.

Enquanto a democracia moderna possui inúmeras virtudes, há argumentos de que ela pode levar ao crescimento descontrolado do governo, ao aumento dos impostos e à redução das liberdades individuais. No fim, cria uma classe política que prospera à custa dos que produzem, incentivando o parasitismo em vez de promover a inovação e o progresso. Isso pode deteriorar a moral e a cultura das sociedades. Em contrapartida, um regime monárquico protege melhor a democracia porque oferece uma visão de longo prazo. A monarquia garante estabilidade e continuidade, promovendo decisões focadas no bem-estar das futuras gerações, em vez de promessas imediatistas apenas para garantir votos. Esta perspetiva de longo prazo é fundamental para assegurar o progresso sustentável e o bem-estar coletivo.

Entendo que algumas vozes possam argumentar que a monarquia é menos democrática. Contudo, é necessário refletir: a democracia que temos atualmente está, de facto, a servir os interesses do nosso povo? Prefiro um regime que, embora possa parecer menos democrático aos olhos de alguns, traga benefícios claros e tangíveis para Portugal. O orgulho nacional é um motor essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. A tristeza e a saudade que carregamos como povo precisam ser substituídas por um espírito de confiança e determinação, atributos que uma monarquia bem estruturada poderia ajudar a fomentar. Na Dinamarca, por exemplo, a monarquia não só é um símbolo nacional de unidade como também promove eventos culturais que reforçam a identidade do país.

É verdade que somos conhecidos como um país de brandos costumes, mas não devemos confundir brandura com apatia. A república, imposta de forma abrupta pelo regicídio, foi um corte brusco com a nossa história e identidade. É tempo de reavaliar se este modelo nos serve verdadeiramente ou se nos impede de prosperar como nação. Não se trata de viver no passado, mas de honrá-lo e utilizá-lo como base para um futuro mais sólido e orgulhoso.

Concluo com a esperança de que a direita política, que tem mostrado maior capacidade de resgatar valores tradicionais, possa também devolver-nos o orgulho de sermos portugueses. Com ou sem monarquia, é essencial reconstruir a nossa identidade e lutar por um Portugal mais forte, próspero e respeitado no cenário internacional. É tempo de reacender o debate sobre a monarquia, não como uma nostalgia pelo passado, mas como uma visão pragmática para o nosso futuro.