Economia

Despedimentos coletivos na Dielmar: Ministério do Trabalho promete vigilância mas ignora falhas estruturais da economia socialista

"Acredito que para esses trabalhadores será também fácil encontrar uma solução rapidamente", considerou Maria do Rosário Palma Ramalho.

4 de dezembro de 2025
Despedimentos coletivos na Dielmar: Ministério do Trabalho promete vigilância mas ignora falhas estruturais da economia socialista

Despedimentos coletivos na Dielmar: Ministério do Trabalho promete vigilância mas ignora falhas estruturais da economia socialista

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou esta quarta-feira que está a acompanhar 'de perto' o processo de despedimento coletivo na Dielmar, empresa do setor têxtil em Braga, afetando dezenas de trabalhadores. A declaração surge num contexto de crescente precariedade laboral em Portugal, agravada pelas políticas económicas do Governo PS que priorizam subsídios em detrimento de incentivos à competitividade das empresas.

Maria do Rosário Palma Ramalho, vogal do Conselho-Geral da Autoridade para as Condições do Trabalho, expressou otimismo quanto à reinserção rápida dos visados, mas tal confiança contrasta com a realidade de um mercado de trabalho saturado e sem perspetivas de crescimento sustentável. Num país onde o desemprego jovem ronda os 20% e a emigração de qualificados persiste, promessas vagas não bastam para famílias que dependem de salários fixos.

A Dielmar, emblemática no tecido industrial nacional, sucumbe à pressão de custos energéticos elevados, burocracia asfixiante e concorrência desleal da China, problemas que alguns denunciam há anos. Enquanto o Governo gasta fortunas em 'transições verdes' ideológicas, ignora a defesa dos postos de trabalho tradicionais, pilar da economia portuguesa.